A cidade de São Paulo não terá carnaval de rua neste ano. Essa decisão foi anunciada na manhã desta quinta-feira pelo prefeito, Ricardo Nunes com base em dados técnicos apresentados pela Vigilância Sanitária sobre o crescimento de casos e contaminação da variante ômicron e do surto de gripe na capital paulista. Já os desfiles das escolas de samba serão tema de discussão entre representantes da Prefeitura e da Liga das Escola de Samba para definição de protocolos a serem seguidos.
Para o prefeito, a decisão de não permitir as folias de rua foi tomada prevalecendo a orientação das autoridades de saúde. “Demonstramos total transparência no anúncio do cancelamento com a apresentação dos dados preocupantes do cenário epidemiológico na cidade. Existia uma proposta de se fazer um carnaval controlado com o Passaporte da Vacina em ambientes grandes e abertos como o autódromo, mas também está descartada essa possibilidade”.
“No ponto de vista legal, não existe nenhuma implicação. Em toda aprovação e publicação dos blocos foi deixado claro que a realização das atividades estava condicionada a autorização da Vigilância Sanitária. Em todo momento a gente reforçou isso. O patrocinador não depositou o recurso”, explicou o secretário das Subprefeituras, Alexandre Modonezi.
Desfiles
Para realização dos desfiles das escolas de samba serão elaborados protocolos sanitários em conjunto com a Liga das Escolas de Samba. “Vamos construir um protocolo como construímos com outras atividades. Acabamos de fazer um para São Silvestre e ela foi coberta de sucesso, com o cumprimento de tudo aquilo que a Vigilância Sanitária exigiu para realização do evento. Inclusive com os corredores iniciando a corrida com máscara”, explicou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.
O secretário também destacou que existem pontos sensíveis para serem superados. “Por exemplo, a concentração antes da entrada no Sambódromo e em relação a concentração que acontece durante os ensaios”, completou.
Passaporte da Vacina
A partir da próxima segunda-feira (10) todos os eventos da capital deverão exigir o Passaporte da Vacina.
“Tínhamos um protocolo inicial que apontava que eventos com mais de 500 pessoas deveriam exigir o passaporte. Estamos fazendo essa alteração em função do quadro epidemiológico que a cidade vive hoje. Enquanto existir esse quadro de ascensão da ômicron na cidade, vamos exigir para qualquer evento a necessidade do passaporte”, finalizou o secretário Edson Aparecido.
Aumento de casos
O aumento do número de pacientes com síndromes gripais vem sendo gradativo nos últimos dias. A rede de Saúde, por exemplo, apontou que ontem, quarta-feira, 53 mil pacientes procuraram os serviços com sintomas respiratórios. Por conta desse número elevado de novos casos, o prefeito Ricardo Nunes determinou a abertura de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e das unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMAs) também aos sábados.
A Prefeitura de São Paulo já havia se antecipado a esse aumento de demandas na área de saúde com ações como:
- Solicitação ao MS/ANVISA de exigência de Passaporte de Vacina em portos e aeroportos;
• Antecipação de doses de reforço de vacinas AntiCovid de 5 apara 4 meses após a D2;
• Solicitação de vacinas de Influenza e sugestão de adiantamento da campanha Sazonal;
• Início de testagem rápida de Antígeno COVID19 e Influenza em toda a rede pública de pronto atendimento;
• Abertura de Pronto Atendimento a sintomáticos respiratórios em todas as UBS (sem necessidade de agendamento);
• Referenciamento de 600 leitos hospitalares exclusivos para atendimento de Síndrome Gripal não COVID19;
• Contratação emergência de 280 médicos e enfermeiros;
• Suspensão dos pontos facultativos de final de ano (24/12 – 30 e 31/12), com abertura de todas as 469 UBS para pronto atendimento das Síndromes Gripais e vacinação AntiCovid e de Influenza.
Dose de reforço
É extremamente importante que o público apto residente na cidade de São Paulo procure as unidades de Saúde da capital para tomar a dose de reforço antiCovid. A relação com todos postos de vacinação pode ser acessada na página Vacina Sampa.
“A vacinação diminui o número de óbitos. É incontestável os dados técnicos de que a vacina salva vidas. A vacinação foi aumentando e os óbitos diminuindo. São Paulo, a capital mundial da vacina, teve uma redução muito grande do número de óbitos por conta da vacina”, disse o prefeito Ricardo Nunes.
Medidas sanitárias
Além da vacinação, a população deve seguir cumprindo todas as recomendações sanitárias como:
– Manter o uso de máscaras obrigatório na comunidade;
– Higienização das mãos;
– Etiqueta Respiratória;
– Evitar qualquer tipo de aglomeração onde não se possa ter controle sanitário seguro.
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