Apesar de ser uma obra de grande importância para os moradores da cidade, afinal as calçadas, em sua grande maioria, são cheias de buracos e desníveis, que não só prejudicam a circulação dos cadeirantes, como também é motivo de muitas quedas e torções entre jovens e idosos, mas mesmo assim, isso tem deixado descontentamento em alguns moradores da Vila Matilde, principalmente os comerciantes da região.
É que devido a quarentena e o isolamento social, decretado desde Março, por causa do novo coronavírus, grande parte do comércio ficou fechado por mais de dois meses, e agora que a capital está na fase amarela, permitindo assim a abertura geral dos comércios não essenciais, eles acreditam que terão prejuízos nas vendas, pois o acesso aos estabelecimentos terá que ser temporariamente atrapalhado para as máquinas e funcionários executarem as reformas.
“Nem Jesus conseguiu agradar a todos, não será o prefeito Bruno Covas que irá conseguir, nem terá meu apoio de fazer uma obra desse tamanho em pleno retorno da economia, então por que ele não fez enquanto as lojas estavam fechadas?”, desabafou Carlos S. Martins, comerciante da região.
O que diz a Prefeitura de São Paulo:
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), informou que iniciou em Dezembro de 2019 a implantação do Plano Emergencial de Calçadas em toda a cidade, que visa tornar acessíveis e ampliar a mobilidade de 1.635.740 metros quadrados de calçadas em rotas prioritárias, até o fim de 2020. Trata-se do maior plano de mobilidade e readequação de calçadas do país, com investimentos de R$ 200 milhões.
Segundo publicação no site da prefeitura, o secretário municipal das Subprefeituras, Alexandre Modonezi, as intervenções foram iniciadas nas calçadas mais largas e seguirão para as mais estreitas, que precisam ser alargadas. “Vamos começar pelas obras mais fáceis, onde tem uma maior circulação de pessoas, e caminhamos para as outras”, destacou.
O valor de R$ 200 milhões, que será destinado à execução do 1,6 milhão de metros quadrados de calçadas, representa economia de 32% à administração municipal em relação ao valor referencial de R$ 273.626.833,34.
As calçadas serão feitas de concreto e lisas como o padrão da Avenida Paulista, ofertando mobilidade e segurança para todos. “O cadeirante precisa ter condição de locomoção sem aqueles degraus que são verdadeiros obstáculos nas calçadas”, disse Modonezi.
Os critérios utilizados consideram os locais com grande circulação de pedestres, públicos e privados, solicitações realizadas pelo Portal SP156 e acesso aos equipamentos públicos.
Os mapas com as regiões e vias contempladas pelo Plano Emergencial de Calçadas podem ser acessados por qualquer pessoa na plataforma Geosampa, na aba “Sistema Viário”.
Responsabilidade pela calçada
A cidade possui aproximadamente 40 mil quilômetros lineares de calçadas. Cerca de 85% estão sob responsabilidade de particulares. A Prefeitura de São Paulo realiza manutenção dos outros 17%.
O proprietário do imóvel, edificado ou não, tem o dever de executar, manter e conservar a calçada. Caso não a preserve em boas condições, pode ser multado por meio da Lei nº 15.442/2011 e intimado a regularizá-la.
Veja mais matérias em nosso portal