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ITAQUERA

9 de maio de 2019109930
itaquera
Itaquera significa em tupi-guarani “pedra a dormir”ou “pedra adormecida”

A primeira referência à Itaquera é de 1686, em uma Carta de Sesmaria. A região na época era habitada por índios, aliás, a palavra Itaquera é de origem tupi-guarani e significa “pedra dura”. O dia 06/11, a data escolhida pelos moradores antigos para a comemoração do aniversário é uma referência histórica à inauguração da estação ferroviária da Central do Brasil, em 06 de novembro de 1875.

A história de Itaquera começa em 1556, quando os jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega, após terem implantado a Igreja da Sé e o Pátio do Colégio, partiram em direção ao leste em busca de uma aldeia de índios para instalar mais um núcleo de catequese. A tal aldeia era a dos guianases, onde vivia um português chamado Antônio Rodrigues, casado com a filha do cacique Piqueirobi.

Eles avançaram algumas léguas e instalaram, sob a proteção de Nossa Senhora da Ajuda, mais um núcleo de catequese – hoje, Itaquaquecetuba. Continuaram em frente, achando um extensa bacia cortada por dois ribeirões e por uma grande floresta.

O padre Anchieta perguntou a um índio o nome de tão belo lugar. “Ita aquer” foi a resposta, que significa em tupi-guarani “pedra a dormir”ou “pedra adormecida”.

O tempo passou e, por volta de 1890, quando o café chegou a São Paulo, dois homens aqui também aportaram: o Drº Francisco Genil de Assis Moura, juiz, e o Drº Rodrigo Pereira Barreto, advogado e fazendeiro.

Eles criaram na região um núcleo misto, residencial e agrícola, e extensas plantações foram introduzidas. O local começou a receber mais e mais colonos, e os proprietários conseguiram a construção de uma estação ferroviária no bairro.

A ferrovia era chamariz de gente e o crescimento veio como em outros bairros. E do mesmo modo, quando o café terminou seu ciclo, Itaquera “sumiu no mapa” da grande cidade por décadas a fio. Só voltou ao cenário como um bairro de classe média baixa na década de 1960. Cresce novamente nas décadas seguintes para ganhar o seu tão sonhado Metrô, o desenvolvimento volta a acontecer na “pedra adormecida”.

Plataforma da estação, ano 1970. Foto Alberto del Bianco

Alexandre Bueno

Jornalista/Editor Geral


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