A Prefeitura de São Paulo assinou nesta quarta-feira (10/06) termo de compromisso com cinco entidades representativas do comércio varejista de shoppings centers e autorizou a reabertura, das lojas a partir de amanhã, dia 11.
Além de seguir regras de higiene, inicialmente, os shoppings vão trabalhar com horário de funcionamento reduzido como determina o plano gradual de flexibilização da quarentena do novo coronavírus do Governo do Estado de São Paulo para as cidades que integram a fase laranja (fase 2).
Os locais ficarão abertos entre 16h e 20h — um horário “alternativo”, das 6h às 10h, também poderá ser
adotado. É obrigatório o uso de máscaras por todos os clientes e funcionários.
A opção deverá ser seguida por todas as lojas nele estabelecida. Na assinatura do termo de compromisso, o prefeito Bruno Covas explicou que as lojas que estão dentro do shopping devem seguir o padrão de higiene e atendimento das lojas do comércio de rua.
Não será permitido o atendimento presencial nas praças de alimentação. Em um primeiro momento, certamente houve tentativa dos representantes dos shoppings para liberar um funcionamento condicionado dessas áreas,
com separação de mesas e distanciamento. Porém, a prefeitura não aceitou.
Covas também voltou a falar que São Paulo continua em quarentena e que o objetivo da Prefeitura com os protocolos é retomar a atividade econômica na cidade sem retroceder, sem piorar os índices de contaminação pelo novo coronavírus. “Expectativa é que a gente reabra com a segurança necessária para continuar a melhorar os índices na cidade”, disse o prefeito.
Como serão as restrições:
- Não promover evento de reabertura do shopping;
- Não promover eventos nem atividades que possam atrair grande número de pessoas;
- Monitorar a quantidade de pessoas presentes no shopping ou centro comercial, estabelecendo o
distanciamento entre as pessoas; - Ter como princípio a redução da densidade ocupacional do shopping, limitando a 20% a ocupação
habitual dos ambientes no caso da cidade de São Paulo; - As lojas poderão funcionar, mas cinemas, entretenimento, atividades para crianças e similares
permanecem fechados; - Exigir o uso de máscaras por todos os clientes e colaboradores;
- Retirar do estabelecimento tapetes e objetos que dificultem a limpeza e optar por uma decoração
minimalista; - Deverá ser efetuada a limpeza de cestas, carrinhos, sacolas ou semelhantes, a cada uso. Se
possível essa higienização deve acontecer na frente do cliente; - Funcionários do shopping que estejam no grupo de risco devem permanecer em home office;
- Minimizar a necessidade de manuseio de fechaduras mantendo, sempre que possível, portas
abertas; - Utilizar termômetros sem contato para aferir temperatura dos funcionários e clientes que
ingressarem ao Shopping; - Deverão ser estabelecidas as jornadas de trabalhado compatíveis com os horários reduzidos de funcionamento.
Segundo o prefeito Bruno Covas (PSDB), com a reabertura de shoppings, a ideia do horário é diluir a movimentação das pessoas que saem
às compras, já que o comércio de rua está funcionando das 11h às 15h na capital paulista.
“As regras para os estabelecimentos dentro do shopping seguem as mesmas regras para os que estão
fora. A expectativa é que a gente reabra com a segurança necessária, para melhorar os índices [de covid19] na cidade de São Paulo”, disse o prefeito, após assinatura do protocolo.
Os estabelecimentos devem “dedicar atenção especial para restaurantes e praças de alimentação. Na fase
laranja, conforme classificação do Plano São Paulo, o atendimento presencial não está autorizado, embora
seja possível os restaurantes funcionarem no sistema de delivery ou retirada”, diz o protocolo firmado com a
Prefeitura, citando o plano do governo de São Paulo elaborado na última semana de maio.
“A praça de alimentação continua fechada, porque os restaurantes fora de shopping continuam fechados”, justificou Covas.
A reabertura de shoppings tem sido criticada por médicos por conta do aumento dos casos do novo coronavírus em São Paulo, que desde o início da pandemia tem sido o epicentro da doença. Ontem, a capital registrava o
acumulado de 84,8 mil casos confirmados do novo coronavírus e 4,5 mil mortes decorrentes da covid-19.
Contabilizadas as mortes suspeitas, são mais de 9,5 mil vítimas na capital. Entre 8 de maio e 8 de junho,
segundo a prefeitura, ao menos 2.210 pessoas morreram da doença.
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