A Prefeitura de São Paulo recuou em relação à obrigatoriedade do passaporte da vacina aos clientes de estabelecimentos comerciais da capital paulista.
Após o prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), afirmar que o documento seria obrigatório para as pessoas acessarem bares, restaurantes, shoppings, teatros, cinemas, etc., o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, disse que o passaporte será apenas “recomendável” a alguns estabelecimentos e obrigatório em outros (restaurantes com eventos e teatros, por exemplo).
Passaporte
Mais cedo nesta segunda-feira, a Prefeitura de São Paulo havia anunciado que o passaporte de vacinação seria obrigatório para as pessoas entrarem em estabelecimentos da cidade. De acordo com a administração municipal, o documento seria exigido já nas próximas semanas.
Críticas
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) foi uma das organizaçõess que se colocou contra a medida. De acordo com Paulo Solmucci, presidente da entidade, a nova regra pode aumentar filas e aglomerações, além de limitar o acesso aos clientes de outros estados que estão com a imunização mais lenta, aos que não podem se vacinar por condições médicas e aos que não possuem celulares ou internet em seus aparelhos, já que o “passaporte da vacina” será via aplicativo.
“É um conjunto de insensatez que, ao nosso ver, só tumultua o ambiente. Teria que haver mais diálogo, preparação e avaliação da viabilidade”, afirma Solmucci em nota divulgada pela Abrasel.
“O passaporte da vacina para bares e restaurantes só gera aglomerações e falsa sensação de segurança. Nada garante que alguém com temperatura normal não está transmitindo, nem quem tomou a primeira dose. O fundamental é manter os protocolos de prevenção”, avaliou.
“Imagina que alguém que não foi vacinado entre e sente no bar. O dono ou o gerente terão poder polícia para retirá-lo dali? Ou deverão ligar para a PM? Ou, se não conseguir tirá-lo da mesa, serão multados?”, questionou Solmucci.
Grandes eventos só poderão permitir a entrada de pessoas imunizadas
A Prefeitura de São Paulo informou que deva ser obrigatória a exigência do comprovante de vacinação para frequência de pessoas em grandes eventos, como feiras, congressos e espetáculos; e facultativa para locais de fluxo e permanência eventual de pessoas, como bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais. Assim que o protocolo estiver concluído, será amplamente divulgado.
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