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Médico-veterinário fala sobre os principais cuidados em adotar um pet

9 de julho de 202122230
gatas Lucinha
Atenção à saúde, vacinas e carinho devem fazer parte da rotina do tutor

No último ano, a conexão entre tutores e pets ganhou ainda mais força, isso porque a pandemia abriu oportunidades para as pessoas se aproximarem de cães e gatos, entre elas a adoção. Segundo a UIPA (União Internacional Protetora dos Animais), nos três primeiros meses da pandemia, a procura por um animal aumentou 400% e o número de retirados de abrigos, 200%. Por isso, com o intuito de conscientizar sobre a prática, conversamos com um médico-veterinário, que separou algumas dicas importantes para quem pretende adotar ou adotou um pet nesse período.
“Ter um animal é sinônimo de felicidade. Não é novidade que eles proporcionam inúmeras vantagens para a família, entretanto é preciso lembrar que a chegada deles traz também grandes responsabilidades, como cuidados com a saúde, que farão parte da rotina do novo tutor. Por isso, é interessante reforçar tudo isso”, fala Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico da MSD Saúde Animal.

Saúde em primeiro lugar

Semelhantes aos cuidados com a saúde dos humanos, a atenção à saúde de cães e gatos também é essencial e, para isso, é preciso estar atento, por exemplo, a vacinações, utilização de antipulgas e anticarrapatos, e doenças regionais. Além disso, é essencial que sejam realizadas visitas periódicas à clínica veterinária, para que um profissional possa recomendar os melhores cuidados e ficar de olho em possíveis doenças do pet.

Vale lembrar que, cuidando do seu animal, você garante bem-estar e qualidade de vida também para toda a família!

  • Antiparasitários

São responsáveis por deixar seu cachorro ou felino livre de parasitas externos, como pulgas e carrapatos, e de parasitas internos, como os vermes. Pulgas, carrapatos e vermes não são um problema só para o cão e para gato, como todos pensam. Eles podem ser um problema para a saúde do ser humano também! No entanto, para garantir uma proteção completa, o tutor deve realizar a limpeza tradicional no ambiente em que o animal vive e utilizar um ectoparasiticida com rápida eficácia e longa duração, além de vermifugar os animais na frequência adequada (1 a 4 vezes ao ano) protegendo, desta forma, os humanos que estão à sua volta e o lar.

Outro ponto essencial é que as pessoas acreditam que cães e gatos que vivem dentro de casa não são suscetíveis aos parasitas, mas isso não é verdade! As pulgas e carrapatos podem ser trazidas pelos próprios tutores para dentro de casa e proliferam-se no ambiente. Com isso, deixo uma dica bacana: para ajudar na aplicação, existe até um produto transdermal, colocado no pescoço do cão e do gato, que facilita o uso”, orienta Marcio Barboza.

  • Vacinação

A vacinação é uma das maneiras mais importantes para garantir a prevenção de doenças do seu pet, como cinomose, leucemia, leptospirose e raiva, já que estimula o sistema imunológico do animal a produzir anticorpos. O especialista orienta que é sempre bom ter em mente que cada cachorro ou gato possui um perfil, comportamento, hábitos e necessidades diferentes. Por isso, a sugestão é de que cada calendário vacinal seja avaliado e montado diretamente com um veterinário, para que, assim, cada pet possa contar com um esquema de proteção personalizado.

  • Cuidados com doenças regionais

Assim como é valiosa a vacinação personalizada, é bacana também que o tutor fique sempre atento às enfermidades regionais, como a leishmaniose, uma das mais perigosas do Brasil, que costuma ocorrer com maior frequência nas regiões de Mato Grosso do Sul, Bahia, Pará e interior de São Paulo, sem descartar sua ocorrência em outras regiões do país.

“Por isso, mesmo o animal não morando em área endêmica, é recomendado o uso da coleira repelente que, após ser colocada no pescoço do cão, começa a liberar seu princípio ativo, a Deltametrina, espalhando-se por todo o corpo do animal”, explica o médico-veterinário.

Carinho e atenção não podem faltar
Pet Simba
Lucinha com seu gatinho Simba, recém adotado, novo membro da família

Cachorros e gatos são animais de companhia, o que significa que precisam da presença dos tutores, chamegos e brincadeiras com eles. Então saiba que essa rotina fará parte do seu dia a dia ao adotar um pet. Além disso, o adotante precisará separar algumas horas para promover diversão e passeio. Porém, em tempos de pandemia, em que as saídas externas não são recomendadas em todos os lugares, é possível promover a felicidade dentro de casa, com o famoso pega-bolinha e até brinquedos interativos.

Diga não ao abandono

Ao adotar um animal, tenha ciência de que você terá companhia para, em média, os próximos 10 anos. Por isso, é preciso analisar se você realmente está pronto para possuir um cachorro ou gato e, com isso, evitar o aumento da estatística de, aproximadamente, 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães abandonados no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Importante lembrar que, segundo a Lei Federal 9.605/98, o abandono é crime e prevê pena de 3 meses a um ano, além de multa. Se você realmente estiver disposto a adotar um pet, tenha uma certeza: as responsabilidades valem a pena e todos esses cuidados serão recompensados com muito amor por parte desses animais.

 

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Alexandre Bueno

Jornalista/Editor Geral


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