Com a retomada gradual das atividades, os moradores e síndicos de condomínio, precisam estar preparados para o “novo normal” que está por vir. Segundo Angélica Arbex, gerente de Relações com o cliente, da Lello, a decisão do que será permitido ou fechado não poderá ser solitária e eles precisarão de auxílio e de uma política clara e bem definida. Dentre os novos costumes, a executiva destaca as principais tendências. Confira:
Restrição de visitantes
As pessoas estavam isoladas e consequentemente, com muita saudade dos seus familiares. Caso sejam liberadas, a recomendação é que os visitantes para acesso das unidades sigam o mesmo protocolo que moradores. Em geral acesso com máscaras e restrição no uso dos elevadores apenas com pessoas da mesma família.
Nos elevadores
O uso dos elevadores deve ser feito com máscara, apenas pessoas da mesma família. É importante também ter um dispenser com álcool gel nos acessos ou dentro dos elevadores. Já existem tecnologias disponíveis de renovação e limpeza do ar nos elevadores para casos com grande tráfego vale a pena avaliar esta tecnologia.
Animais de estimação
Os animais devem frequentar as áreas destinadas a eles nos condomínios e sempre depois de um passeio na rua, as patas devem ser higienizadas com água e sabão.
Espaço liberado para as crianças
Assim como as escolas, esse é um grande desafio. Condomínios são a segunda maior aglomeração infantil, atrás apenas das escolas. Quem tem filho pequeno em casa sabe que é muito difícil entreter as crianças. As áreas de lazer deverão ser utilizadas com moderação. A máscara deve ser exigida sempre, áreas abertas utilizadas com limite mínimo de pessoas para evitar toda e qualquer aglomeração.
Liberação de obras
Este é mais um tema polêmico. Neste momento onde a maioria das pessoas continua trabalhando em casa a orientação é permitir apenas obras emergenciais. Além daquelas emergenciais pelo caráter corretivo, estão as pessoas que precisam finalizar suas casas e apartamentos para deixá-los em condições de uso como colocação de piso e armários. Ainda tem a questão do lixo, muito delicada na pandemia, obras aumentam muito o volume de lixo produzido. Para a realização das obras o bom senso e principalmente o senso de comunidade devem prevalecer.
Funcionários:
Com o aumento da circulação, os colaboradores dos condomínios ficarão mais expostos e as medidas de proteção serão necessárias 100% do tempo.
Medidas de Higienização
Com a abertura gradual das áreas comuns, a limpeza precisa ser intensificada. Maior frequência na higienização das áreas de circulação e elevadores, banheiros abertos na área comum sempre abastecidos com sabão e álcool em gel em todas as áreas de maior circulação.
Informar em caso de suspeita
Os moradores deverão manter a administração do condomínio informada sobre qualquer caso suspeito ou confirmado. Se houver morador contaminado, ele deve cumprir isolamento rigoroso evitando completamente a circulação na área comum. Todo lixo da unidade com pessoas que testaram positivo para o covid deve ser embalado com reforço e sinalização de possibilidade de contaminação.
Delivery
Todas as entregas não devem passar pela mão da equipe de portaria. A entrega deve ser feita entre o entregador e o condômino. Recomendamos a higienização das embalagens.
Legados da pandemia
Vale destacar diversos costumes foram implementados durante o isolamento social. Com esse novo normal, alguns hábitos permanecerão. Entre eles, estão:
Solidariedade: durante o isolamento social surgiu um grande movimento de caridade. Vizinhos de condomínios em várias cidades do País descobriram que a união é a maneira mais fácil de enfrentar esse período especialmente difícil para os idosos que vivem sozinhos. Essas ações se transformaram em grandes correntes do bem e devem continuar;
Recursos de desinfecção: há dois recursos que os condomínios adotaram: a higienização semanal das áreas comuns e o oferecimento de testagem domiciliar, como exemplo, a partir de 10 vidas o laboratório poderá ir até o condomínio.
Preferência do consumo local: a onda de aproximação com as padarias, feirantes, pequenos produtores, cafés e restaurantes do bairro são um movimento definitivo e sem retorno.
Fortalecimento dos laços comunitários: acabou aquela era de vizinho que não se conhece, não se cumprimenta e dá sorriso amarelo no elevador. As pessoas ficaram mais perto, mais afetivas e resilientes. Os condomínios se tornaram, de verdade, comunidades.
Assembleias digitais: o formato da assembleia de condomínio antiga ficou definitivamente para trás. As assembleias digitais têm tido uma adesão cada vez maior e os condôminos descobriram que podem fazer valer a sua voz nas decisões, já que é possível escolher horário para acessar, conhecer os temas, perguntar e votar.
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