O Sitio da Casa Grande foi o nascedouro da Vila Formosa. A família de João Casagrande manteve a propriedade de 1885 até 1911, quando foi vendida para os irmão Jacob. Em 1920 a área foi loteada e recebeu o nome da Formosa, em homenagem ao antigo nome da cidade litorânea de Ilha Bela.
O loteamento foi realizado em 1940 pela Companhia Melhoramentos do Brás. Nessa época pequenas olaria começaram a se fixar pela região, mas a situação financeira não ajudou o empreendimento e os donos optaram por uma solução de marketing – quem comprasse um terreno ganhava 30 mil tijolos. Esse expediente foi muito usado na capital.
O sonho de construir um bairro urbanizado quase caiu por terra com a instalação de um lixão que , por anos a fio, envergonhou os moradores. A vizinhança jogava toda sorte de detritos no local, o que perdurou até 1950. Um ano antes – no inicio de 1949 – o grande cemitério começava a ser implantado.
O crescimento acabou vindo lentamente a partir da década de 1960 (o bairro tornou-se o 46º distrito em 1963, quando foi desmembrado do Tatuapé) e hoje Vila Formosa é um dos principais bairros da zona leste, com largas avenidas, ruas arborizadas e um progresso célere graças a investimentos em imóveis de padrão popular e de classe média com bons preços. Dessa forma, dá para perceber que a Vila Formosa ainda tem para crescer. O bairro é tão famoso que no vizinho distrito de Aricanduva tem um Jardim Vila Formosa.
Duas curiosidades: 1. No distrito de Vila Formosa há um bairro com o nome de Chácara Belenzinho, que, pela lógica, deveria situar-se no distrito do Belém. 2. O cemitério de Vila Formosa é o maior da América do Sul. Lá são enterradas dezenas de pessoas por dia – milhares a cada ano.
Em época de finados a Vila Formosa torna-se uma grande “praia”, com vendedores de tudo – desde as tradicionais velas, passando pela cerveja, refrigerantes, sorvetes, água, pinga e muita comida para os mais de 600 mil visitantes.
Foto montagem: Praça Sampaio Vidal em 1971(à esq.) / Igreja Matriz em 2016 (à dir.)